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Lisboa, Portugal
mais uma criança, mais uma sonhadora, mais um membro da nova geração, mas uma adolescente, mais uma filha.

domingo

O que eu queria mesmo era que não fosse o relógio a ter de parar os nossos momentos, o que eu queria mesmo é que não fosse ele que me obrigasse a deixar-te ir, que ele se atrasasse e nos deixa-se mais que o tempo comum que nos é dado. O que eu queria era mesmo isso, não ser presa por um relógio, e ter tempo para tudo. Porque nunca á tempo suficiente quando se trata de ti, nunca á tempo suficiente que consiga validar todo o êxtase que vivo quando és tu que estás sentado do meu lado. Nunca á tempo suficiente quando são os nossos corpos que balançam numa dança perfeita, onde é a tua respiração que eu sinto, onde eu sei que és tu quem está a meu lado e quando eu sei que tens consciência que se o meu corpo não fosse tão forte te agarraria. Nunca há tempo suficiente, nunca há tempo suficiente quando são os nossos cheiram que se combinam tão bem, quando poderiam ser as nossas mãos o encaixe perfeito. Nunca há tempo suficiente quando o espaço que nos ocupa é administrado por toda a beleza infinita que te contém, quando são as tuas mãos que agarram o livro e que o virão de página, nunca há tempo suficiente quando são os teus movimentos os donos da minha razão, quando me transformo numa boneca de olhos castanhos enfeitiçada por o teu conto de fadas. Nunca há tempo suficiente que seja suficientemente apto de abarcar todos os nossos desejos, nunca há. E é isto, somente isto, nunca há tempo. Nunca há tempo quando és tu o protagonista do meu tempo. Esse tempo que quer ter o teu tempo também.

quarta-feira

ão lhe chamo incrível, chamo-lhe estranho. É estranha a forma como me paralisas os movimentos e as palavras que tentam sair da minha boca em direcção a ti. E é assim porque não te consigo estabelecer num só lugar no meu coração. Digo-te vezes e vezes sem conta, que estás em toda a parte da minha vida e do mundo que percorro todos os dias à procura de gestos perdidos por ti espalhados na calçada que também já foi palco do nosso amor.
Não sei concretamente o que pretendias com os olhares que me dirigiste directamente para o coração que tenho em todo o lado do meu corpo, mas se o teu intuito era despedaçar tudo aquilo que grita e chora a tua ausência, parabéns meu amor, conseguiste mais uma vez. Conseguiste, mesmo que tenha usado o meu escudo de sempre contra o desafio que lanças às minhas lágrimas cada vez que me encaras os olhos. Estou cansada dos dias sem ti e das noites em que tenho vivido com a solidão na mesma cama, mas quanto mais me partes o coração aos bocadinhos com a tua presença tão inigualável e igualmente longínqua, mais preciso de sentir o teu cheiro ao fundo da sala em que partilhamos o mesmo chão e de ouvir a tua voz a fazer-se soar com esse tom tão doce e tão teu.
É também estranho a maneira como a tua presença me faz chorar, como não consigo ouvir outra música senão aquela de gente perdida, que muitas vezes me acolheu o coração e me limpou as lágrimas, mesmo depois de me ter feito chorar.
Sim, eu ainda choro muito por ti, mesmo que os meses se desenrolem num ápice e a nossa história tenha ficado escrita algures nos confins de Maio, porque o amor, mesmo que não sentido pelas duas pessoas que o construíram dentro de sua casa , não tem prazo de validade. E tu, és a maior prova disso. Os dias passam e as noites caem, a tua ausência acentua-se cada nascer do sol, as lágrimas arrebentam-se dentro dos meus olhos, como as flores desabrocham na Primavera, e eu ainda te sei amar, como no primeiro dia em que conseguiste ser o homem da minha vida.
Juro-te que tento, que tento abstrair-me de ti e dos teus movimentos que já não dependem de mim, da saudade que me anda a roer o peito aos bocadinhos e da vontade, que me come os dias, de te gritar o quão desfeito anda o meu coração, por teres partido para outro barco.
Sim, ando desfeita, mesmo que quase ninguém note. Aprendi a conseguir disfarçar-me assim contigo, meu amor, que desde que puseste fim a este nada que já foi tudo, tens vindo a ser perito em esconder estados de alma entre palavras feridas.
E a minha alma está ainda pior do que aquilo que, por entre desabafos, deixo escapar. Ando a morrer com a saudade às costas, como se o tempo me comesse o coração aos pedaços sem os triturar. A tua presença faz-me mal e obriga-me a viver dias vazios que não são meus.
Não é isto que quero para mim, não é com estes sentimentos que quero morar na mesma casa e frequentar o mesmo jardim, nem é assim que quero morrer por dentro. Eu quero paz, estabilidade, harmonia e sossego. Quero dias sem ti no pensamento, noites contigo longe da lua e da janela do meu quarto e manhãs sem vestígios de lembranças tuas em cada estrofe da música que ouço, quando abandono a minha casa rumo a um dia fugaz que julgo ser excepção de todos os outros que já passaram. Mas não é, porque o teu nome faz-me cair vezes e vezes sem conta, o teu amor pela tua nova namorada mata-me a alma a pontapé e o facto de saber que a tua ida não tem volta dá cabo de mim.
Sei que o facto de saber que não voltas deveria curar todos os males que me provocas, mas não cura, e chego mesmo a pensar que só piora a doença que transmitiste à minha vida, a ausência.
E é essa doença que mata a harmonia e a paz que tento que chegue até mim, mas que roubas das flores que me deste, as que ainda guardo encarecidamente do meio do caderno onde te escrevo sempre que colocas o meu coração em cacos espalhados pelo chão.

O mundo gira à volta de incertezas tão certas que formam uma confusão incrível. São incertezas que, penso eu, se centram apenas em dois grandes componentes ou talvez apenas um deles: o amor e o ódio. É óbvio que o amor é o mais importante dos dois, o que dá sempre um passo mais alto do que o ódio, que traz consigo os seus ajudantes: a inveja, o ciúme, a raiva, a dor. Pronto, acho que consigo mudar um pouco de cenário. É tudo centrado no amor, que traz consigo o ódio, e esse traz a inveja, o ciúme, a raiva, a dor, a tristeza, a mágoa, a infelicidade consigo. E é por causa de o amor ser tão grande que o mundo gira à volta de incertezas tão certas, mas tão certas que surgem as confusões e os delírios para respostas que estão mesmo à nossa frente e não conseguimos ver. Eu poderia estar aqui a divagar, a falar sobre as inúmeras questões que o amor nos implica, que nos faz conhecer o ódio e os seus soldadinhos de chumbo. Mas estaria a falar mal. É rara a pessoa, talvez me consiga a atrever a dizer que mesmo ninguém, conhece verdadeiramente o amor. A maior parte da população que existe por aí não sabe absolutamente nada sobre o que é esse ser, essa criatura tão mágica, tão bela, tão profunda. E eu também sou uma dessas pessoas que não conhece o amor. Apenas o vi, apenas roçou durante um segundo. E sabem porquê? Não existe um Deus na Terra. Resta-nos a todos viver à insignificância que um ser humano tem. E é isso mesmo. O amor é algo tão grande, tão abismal, que é maior do que nós conseguimos aguentar. Somos apenas humanos, não existirá nunca uma pessoa capaz de entrar dentro do amor completamente. E porque depois o amor não consegue viver sem o ódio, que não consegue viver sem a inveja, a raiva, o ciúme, a dor, a tristeza, a infelicidade. Como também não consegue viver sem a felicidade, a alegria, a honestidade, a sinceridade, a simplicidade. E tanto o amor nos consegue levar para o lado melhor do barco, onde não existem enjoos como também no consegue levar para o ódio e os seus camaradas. Quando conhecemos o ódio, ele junta-se com os seus companheiros e trabalha num plano para afastar o humano do amor. Provoca esquemas, atitudes, que fazem com que os seus meninos trabalhem. E quando a confusão se instala aí vem o principal dar a sua pitada para o cozinhado perfeito. E depois vem as incertezas tão certas, mas tão certas que o ser humano não consegue decifrar. Assim, com esse processo tão simples e sem demora, o humano não quer conhecer mais o amor. Porque não é capaz. Porque ficou cego com tanto ódio, tanta raiva, tanto ciúme, tanta dor e tanta tristeza. E ao mesmo tempo relembra-se de tudo de bom que o amor lhe porporcionou. E aparecem à baila a felicidade, a alegria, a honestidade, a simplicidade e a sinceridade. E depois o amor torna-se tão grande e o ódio torna-se tão grande que o humano não consegue controlar tal coisa. Porque é muito, muito grande. Apesar de eu não conhecer o amor devido ao ódio, que me cega os olhos em todas as vezes que o inimigo me bate à porta, eu conheço o antídoto para as incertezas tão certas. E realmente é mesmo a coisa mais idiota e mais estúpida de todas. Mas é um facto. O ser humano simplesmente tem que AMAR e dar um pontapé no rabo ao ódio. E é um defeito que irá existir para toda a vida no ser humano. O ser humano não ama. O ser humano limita-se a gostar algo com muita força. O ser humano não saberá amar enquanto der ouvidos ao ódio e os seus soldadinhos de chumbo.
Era tarde e o meu telemóvel tocou: " estou a chegar, amor".
Chegaste. Aproximaste-te e foste cordial, como sempre. Beijaste-me as faces e sorriste-me com essa tua boca perfeita, dona de uns dentes tão límpidos que conseguem fazer nascer um sorriso tão contagiante.
Da mesma maneira que me convidaste a entrar na tua vida, ainda que só por um dia, convidaste-me a entrar na porta da tua casa. Sentaste-te e fiz-te companhia. Aconchegaste-me o dorso levemente e tentaste envolver os teus dedos nas ondas do meu cabelo. Afastei-me e pediste-me um abraço. Recusei-te tão nobre gesto, mas sorri-te como quem pedia mais e mais. Abraçaste-me e beijaste-me novamente a face, mil e uma vezes até chegares à minha boca. Olhaste-me profundamente nos olhos e encostaste os teus lábios aos meus, doce e levemente, calculando eu que já sabias como é que gosto de ser acarinhada. Sopraste-me ao ouvido lentamente também, e proferiste palavras doces, acompanhadas pelos teus lábios sabor a mel.
E depois o mundo foi nosso. O teu sofá branco foi apenas nosso. A melodia da televisão também foi nossa. Tu foste meu. Os teus olhos desejaram-me, mesmo fechados - consegui sentir na tua respiração ofegante.
Fizeste-me tua numa questão de minutos. Seduziste-me o corpo e conquistaste-me a alma por horas. Percorreste comigo cada canto do teu chão e embalaste-me no teu corpo como uma criança é embalada no berço pela sua mãe.
Voltaste a encostar a tua boca à minha, muito suave e delicadamente, como tu também gostas. E depois retornaste aos gestos que te dão prazer e que me seduzem completamente.
Estavas dominado por mim, e o meu corpo movia-se em função do teu. De vez em quando, ouvia palavras a quererem sair pela tua boca, mas lá ficaram presas pelos teus suspiros calados pela minha.
Cansaste-te, mas sempre com vontade de me amar mais uma vez, e perfeitamente. Sim, és perfeito quando estou contigo. Quando me dás gestos quentes, mesmo que por acaso. É isso que admiro muito em ti; sabes fazer-me mulher e sentir-me desejada quando estás comigo, mesmo que depois de voltar a passar pela tua porta, os teus gestos perfeitos fiquem guardados dentro da tua casa, em cima do teu sofá.
E o mais importante é isso mesmo ; saberes ser homem e amante enquanto estás na minha companhia e teres a grande capacidade de fechar o livro da história que escreveste com o meu corpo, depois de me despedir de ti e me prometeres uma próxima vez.

segunda-feira

caminhei, caminho e caminharei sempre na tua direcção. és mais do que um porto de abrigo, mais do que o ombro amigo de que tanto preciso. és o perfume que necessito a outra metade do coração que me completa. escusado será dizer que te amo pois isso já tu sabes de cor. sinto a tua falta, volta

nada

bah! hoje tive teste de geometrica e correu-me mais que mal, os meus pensamentos estavam contigo, esqueceste de me os entragar, egoísta.


you might think that i’m a fool
for falling over you
but tell me what i can do to prove to you
that it’s not so hard to do
give love a try, one more time
‘cause you know that i’m on your side
give love a try, one more time