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Lisboa, Portugal
mais uma criança, mais uma sonhadora, mais um membro da nova geração, mas uma adolescente, mais uma filha.

domingo

O que eu queria mesmo era que não fosse o relógio a ter de parar os nossos momentos, o que eu queria mesmo é que não fosse ele que me obrigasse a deixar-te ir, que ele se atrasasse e nos deixa-se mais que o tempo comum que nos é dado. O que eu queria era mesmo isso, não ser presa por um relógio, e ter tempo para tudo. Porque nunca á tempo suficiente quando se trata de ti, nunca á tempo suficiente que consiga validar todo o êxtase que vivo quando és tu que estás sentado do meu lado. Nunca á tempo suficiente quando são os nossos corpos que balançam numa dança perfeita, onde é a tua respiração que eu sinto, onde eu sei que és tu quem está a meu lado e quando eu sei que tens consciência que se o meu corpo não fosse tão forte te agarraria. Nunca há tempo suficiente, nunca há tempo suficiente quando são os nossos cheiram que se combinam tão bem, quando poderiam ser as nossas mãos o encaixe perfeito. Nunca há tempo suficiente quando o espaço que nos ocupa é administrado por toda a beleza infinita que te contém, quando são as tuas mãos que agarram o livro e que o virão de página, nunca há tempo suficiente quando são os teus movimentos os donos da minha razão, quando me transformo numa boneca de olhos castanhos enfeitiçada por o teu conto de fadas. Nunca há tempo suficiente que seja suficientemente apto de abarcar todos os nossos desejos, nunca há. E é isto, somente isto, nunca há tempo. Nunca há tempo quando és tu o protagonista do meu tempo. Esse tempo que quer ter o teu tempo também.