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Lisboa, Portugal
mais uma criança, mais uma sonhadora, mais um membro da nova geração, mas uma adolescente, mais uma filha.

quarta-feira

O mundo gira à volta de incertezas tão certas que formam uma confusão incrível. São incertezas que, penso eu, se centram apenas em dois grandes componentes ou talvez apenas um deles: o amor e o ódio. É óbvio que o amor é o mais importante dos dois, o que dá sempre um passo mais alto do que o ódio, que traz consigo os seus ajudantes: a inveja, o ciúme, a raiva, a dor. Pronto, acho que consigo mudar um pouco de cenário. É tudo centrado no amor, que traz consigo o ódio, e esse traz a inveja, o ciúme, a raiva, a dor, a tristeza, a mágoa, a infelicidade consigo. E é por causa de o amor ser tão grande que o mundo gira à volta de incertezas tão certas, mas tão certas que surgem as confusões e os delírios para respostas que estão mesmo à nossa frente e não conseguimos ver. Eu poderia estar aqui a divagar, a falar sobre as inúmeras questões que o amor nos implica, que nos faz conhecer o ódio e os seus soldadinhos de chumbo. Mas estaria a falar mal. É rara a pessoa, talvez me consiga a atrever a dizer que mesmo ninguém, conhece verdadeiramente o amor. A maior parte da população que existe por aí não sabe absolutamente nada sobre o que é esse ser, essa criatura tão mágica, tão bela, tão profunda. E eu também sou uma dessas pessoas que não conhece o amor. Apenas o vi, apenas roçou durante um segundo. E sabem porquê? Não existe um Deus na Terra. Resta-nos a todos viver à insignificância que um ser humano tem. E é isso mesmo. O amor é algo tão grande, tão abismal, que é maior do que nós conseguimos aguentar. Somos apenas humanos, não existirá nunca uma pessoa capaz de entrar dentro do amor completamente. E porque depois o amor não consegue viver sem o ódio, que não consegue viver sem a inveja, a raiva, o ciúme, a dor, a tristeza, a infelicidade. Como também não consegue viver sem a felicidade, a alegria, a honestidade, a sinceridade, a simplicidade. E tanto o amor nos consegue levar para o lado melhor do barco, onde não existem enjoos como também no consegue levar para o ódio e os seus camaradas. Quando conhecemos o ódio, ele junta-se com os seus companheiros e trabalha num plano para afastar o humano do amor. Provoca esquemas, atitudes, que fazem com que os seus meninos trabalhem. E quando a confusão se instala aí vem o principal dar a sua pitada para o cozinhado perfeito. E depois vem as incertezas tão certas, mas tão certas que o ser humano não consegue decifrar. Assim, com esse processo tão simples e sem demora, o humano não quer conhecer mais o amor. Porque não é capaz. Porque ficou cego com tanto ódio, tanta raiva, tanto ciúme, tanta dor e tanta tristeza. E ao mesmo tempo relembra-se de tudo de bom que o amor lhe porporcionou. E aparecem à baila a felicidade, a alegria, a honestidade, a simplicidade e a sinceridade. E depois o amor torna-se tão grande e o ódio torna-se tão grande que o humano não consegue controlar tal coisa. Porque é muito, muito grande. Apesar de eu não conhecer o amor devido ao ódio, que me cega os olhos em todas as vezes que o inimigo me bate à porta, eu conheço o antídoto para as incertezas tão certas. E realmente é mesmo a coisa mais idiota e mais estúpida de todas. Mas é um facto. O ser humano simplesmente tem que AMAR e dar um pontapé no rabo ao ódio. E é um defeito que irá existir para toda a vida no ser humano. O ser humano não ama. O ser humano limita-se a gostar algo com muita força. O ser humano não saberá amar enquanto der ouvidos ao ódio e os seus soldadinhos de chumbo.